São Paulo, 11 de agosto de 2025 – O comentarista Walter Casagrande Jr. questionou a forma como o árbitro de vídeo vem sendo utilizado no futebol brasileiro. Em artigo publicado nesta segunda-feira (11), o ex-jogador declarou que os profissionais que operam o VAR “estão focados em anular gols”, interferindo em lances sem evidências claras de infração.
Acusações de critérios inconsistentes
Casagrande apontou exemplos recentes para sustentar a crítica. Segundo ele, a anulação do gol de Maurício, do Palmeiras, contra o Corinthians contrasta com a validação do gol de Ferreirinha, do São Paulo, diante do Fluminense. O comentarista afirmou que as duas jogadas apresentam características semelhantes, mas receberam decisões opostas do VAR.
Outro lance citado foi a falta marcada sobre Kaio Jorge em confronto entre Cruzeiro e Santos, que resultou na anulação de gol do atacante. Para Casagrande, tratar a jogada como falta “é comportamento antiesportivo do VAR”.
Pênalti contestado em Palmeiras x Ceará
Na partida entre Palmeiras e Ceará, o comentarista considerou equivocada a marcação de pênalti a favor do clube paulista. De acordo com Casagrande, Flaco López dominou mal um passe de Giay, a bola quicou no gramado sintético e tocou na mão do zagueiro cearense sem intenção nem aumento de espaço corporal.
Cobrança por punição a simulações
Casagrande defende que a comissão de arbitragem passe a advertir jogadores que simulam faltas, especialmente aqueles que permanecem no chão com as mãos no rosto “sem ter acontecido nada”. Para ele, a tolerância a essas atitudes deixa o jogo mais lento e truncado.

Imagem: uol.com.br
Revisão da regra de impedimento
O ex-atacante sugeriu mudanças na interpretação do impedimento. Atualmente, lances definidos por milímetros levam à anulação de gols, o que, em sua visão, prejudica o espetáculo. Casagrande propôs que o atacante seja considerado impedido apenas quando tiver pelo menos meio corpo à frente do defensor, citando iniciativa semelhante defendida pelo francês Arsène Wenger.
Uso do impedimento semiautomático
Por fim, Casagrande cobrou a adoção do impedimento semiautomático no Brasil, desde que acompanhado de equipamentos de “primeira qualidade”. Para ele, a medida e a capacitação dos árbitros são passos essenciais para reduzir erros e dar mais fluidez às partidas.
Com informações de UOL