A ESPN divulgou, nesta terça-feira (12), a lista anual com os 30 principais treinadores do futebol masculino de clubes da Europa. O levantamento, elaborado pelo analista Tor-Kristian Karlsen, coloca Luis Enrique, campeão da Tríplice Coroa com o Paris Saint-Germain, no topo do ranking. A classificação considera seis atributos — capacidade de treinar, estilo de jogo, gestão de elenco, comunicação, histórico de conquistas e “fator X” — e reúne técnicos que tenham, no mínimo, uma temporada completa à frente de uma equipe profissional.
Metodologia
Karlsen partiu de um grupo inicial de 50 nomes, reduziu a lista a 30 e submeteu as escolhas à avaliação de profissionais do mercado (técnicos, diretores esportivos, CEOs e chefes de scouting). Cada atributo recebeu notas de 0 a 20 — exceto histórico e fator X, pontuados em uma escala menor para privilegiar o momento recente. Em caso de empate, pesou primeiro o histórico; depois, o fator X.
Os 30 melhores técnicos da Europa em 2025
30.º Dino Toppmöller (44 anos, Eintracht Frankfurt) – 51/100
Terceiro na Bundesliga e vaga na Champions após alternar esquemas com pressão alta e transições rápidas.
29.º Nuno Espírito Santo (51, Nottingham Forest) – 52/100
Levou o Forest à 7.ª posição, primeira classificação europeia em 30 anos, com bloco baixo e contra-ataque direto.
28.º David Moyes (62, Everton) – 53/100
Retorno a Goodison Park garantiu permanência tranquila: média de 1,61 ponto por jogo e defesa sólida fora de casa.
27.º Fabian Hürzeler (32, Brighton) – 54/100
Mais jovem treinador efetivo da Premier League; oitavo lugar com futebol de alta intensidade e 111,9 km percorridos por partida.
26.º Erik ten Hag (55, Bayer Leverkusen) – 55/100
Chega para substituir Xabi Alonso após fase turbulenta no Manchester United, mas com reputação de jogo propositivo.
25.º Marco Silva (48, Fulham) – 56/100
Maior aproveitamento da história do clube na liga, líder em cruzamentos (158) e ataques pelo lado esquerdo (41%).
24.º Rúben Amorim (40, Manchester United) – 56/100
Campanha de 15.º lugar e dificuldades para implementar o 3-4-3; equipe passou em branco em 10 de 25 jogos.
23.º Brendan Rodgers (52, Celtic) – 57/100
Bicampeão escocês em sequência, com apenas 26 gols sofridos na liga.
22.º Ange Postecoglou (59, sem clube) – 57/100
Título europeu pelo Tottenham, mas queda para o 17.º lugar doméstico custou o cargo.
21.º Thiago Motta (42, sem clube) – 58/100
Deixou a Juventus após 10 meses; “2-7-2” não decolou e sequência de derrotas selou saída.
20.º Massimiliano Allegri (57, Milan) – 59/100
Volta a San Siro para priorizar estabilidade após temporada defensivamente frágil (xGA 1,13).
19.º Vincent Kompany (38, Bayern Munique) – 60/100
Título alemão na estreia; equipe líder em posse (63%) e precisão de passe (90%).
18.º Roberto De Zerbi (46, Marseille) – 60/100
Segundo lugar na Ligue 1 com média de 63,2% de posse, apesar de início instável.
17.º Thomas Frank (51, Tottenham) – 61/100
Chega após sete anos no Brentford, onde liderou a Premier em xG por final (0,15).
16.º Diego Simeone (55, Atlético de Madrid) – 61/100
Quarto ano sem títulos, mas maior número de jogos sem sofrer gol em LaLiga (17).
15.º Eddie Howe (47, Newcastle) – 63/100
Classificação à Champions e recorde de passes “inteligentes” (110) na liga.

Imagem: espn.com
14.º Oliver Glasner (50, Crystal Palace) – 64/100
FA Cup inédito e melhor pontuação do clube (53), líder em interceptações (1.728).
13.º Andoni Iraola (43, Bournemouth) – 65/100
Maior pontuação dos Cherries e PPDA mais baixo da Premier (9,1), sinal de pressão agressiva.
12.º Enzo Maresca (45, Chelsea) – 67/100
Volta à Champions, títulos da Conference League e do Mundial de Clubes usando 39 jogadores.
11.º Unai Emery (53, Aston Villa) – 67/100
Villa foi a equipe com mais gols de reservas (17) e chegou às quartas europeias.
10.º Ernesto Valverde (61, Athletic Club) – 69/100
Melhor campanha do clube em 27 anos e defesa menos vazada de LaLiga (29 gols).
9.º Gian Piero Gasperini (67, Roma) – 71/100
Após nove anos históricos no Atalanta, assume desafio de recolocar a Roma na elite.
8.º Simone Inzaghi (49, Al Hilal) – 72/100
Deixa o Inter com reputação sólida e procura “novo estilo” na Arábia Saudita.
7.º Antonio Conte (56, Napoli) – 73/100
Scudetto imediato mesmo sem Osimhen e Kvaratskhelia; McTominay eleito MVP com 12 gols.
6.º Mikel Arteta (43, Arsenal) – 75/100
Terceiro vice seguido; defesa menos vazada (34 gols), mas cobranca por títulos aumenta.
5.º Hansi Flick (60, Barcelona) – 76/100
Dobradinha nacional e semifinais da Champions em temporada de 69,1% de posse média.
4.º Xabi Alonso (43, Real Madrid) – 77/100
Chega ao Bernabéu após campanha invicta na Bundesliga e 34 jogos sem perder fora de casa.
3.º Pep Guardiola (54, Manchester City) – 84/100
Temporada irregular, terceira posição na Premier e pior marca defensiva (62 gols sofridos) sob seu comando.
2.º Arne Slot (46, Liverpool) – 85/100
Título inglês logo no primeiro ano; 199 passes-chave e ajustes táticos que potencializaram Salah.
1.º Luis Enrique (55, Paris Saint-Germain) – 86/100
Tripla coroa histórica, primeira Champions do PSG e modelo de pressão alta que gerou 111,99 km percorridos por jogo.
A lista exclui treinadores sem clube há mais de um ano, técnicos de seleções nacionais e profissionais com menos de uma temporada completa à frente de equipes principais.
Com informações de ESPN