O West Ham soma três derrotas e 11 gols sofridos nos primeiros compromissos da temporada, sequência que coloca o técnico Graham Potter sob forte questionamento no Estádio de Londres.
Resultados e números negativos
No mais recente revés, eliminação para o Wolverhampton pela Copa da Liga Inglesa, o capitão Jarrod Bowen discutiu com um torcedor ao fim da partida, episódio que simboliza o clima de crise.
Desde que Potter assumiu em 14 de janeiro, os londrinos venceram apenas duas das 13 partidas de Premier League disputadas a partir de 1.º de março (quatro empates e sete derrotas). Considerando apenas clubes que permanecem na elite, a equipe estaria na lanterna nesse período.
Entre treinadores com pelo menos 20 jogos na competição, o aproveitamento de 25% de Potter só supera o de Avram Grant. O antecessor Julen Lopetegui, por exemplo, ganhou seis de 20 confrontos e caiu quando o time ocupava o 14.º lugar, sete pontos acima da zona de rebaixamento.
Defesa vulnerável e pontos desperdiçados
Somente Tottenham e Brighton sofreram mais gols que o West Ham desde a chegada do atual treinador, e nenhum clube permitiu mais finalizações certas nesta temporada (12). A equipe também perdeu 15 pontos após sair vencendo, marca mais alta da liga sob o comando de Potter.
Na Premier League, duas derrotas e oito gols contra configuram o pior começo dos Hammers desde 1954.
Mercado sem reposição para Kudus
O clube contratou cinco jogadores, entre eles o lateral El Hadji Malick Diouf, o goleiro Mads Hermansen e o atacante Callum Wilson, mas ainda não trouxe substituto direto para Mohammed Kudus, vendido ao Tottenham por 55 milhões de libras. Não houve, até agora, reforço para o meio-campo.
Imagem: bbc.com
Ex-jogadores e torcedores criticam
Participando do podcast Football Daily, o ex-meio-campista Nigel Reo-Coker classificou a situação como “muito sombria”, citando um meio-campo “sem pernas” e falta de um alvo ofensivo. Segundo ele, “a meta é apenas permanecer na Premier League”.
Raízes do problema
Após a conquista da Conference League em 2023, Declan Rice foi vendido por 105 milhões de libras ao Arsenal. O então diretor técnico Tim Steidten divergiu do técnico David Moyes sobre contratações, acabou barrado do centro de treinamento e deixou o cargo após a demissão de Julen Lopetegui, em fevereiro. Desde então, 140 milhões de libras foram investidos em reforços que pouco renderam, como Edson Álvarez, James Ward-Prowse, Kostantinos Mavropanos e o próprio Kudus, já negociado.
Potter evita reclamar de reforços publicamente e prefere trabalhar o elenco, mas o time segue dependente de Jarrod Bowen, Tomas Soucek e Lucas Paquetá, sem um substituto para Rice.
Ponto de ruptura à vista
Para James Jones, do podcast “We Are West Ham”, a permanência de Potter pode depender do jogo contra o Nottingham Forest no fim de semana. Caso não haja reação antes da pausa internacional, a diretoria pode optar por nova mudança no comando.
Com informações de BBC Sport