O lateral e ponta Demetri Mitchell, ex-promessa das categorias de base do Manchester United, revelou ter recorrido ao ChatGPT para conduzir, sem intermediários, a negociação que o levou ao Leyton Orient, da League One inglesa. Segundo o jogador de 28 anos, o recurso de inteligência artificial foi “o melhor agente” que já teve.
Mitchell iniciou a carreira em Old Trafford e disputou uma partida pelo time principal dos Red Devils. Depois, passou por Hearts, Blackpool, Hibernian e, mais recentemente, Exeter City. No último verão europeu, deixou o Exeter e assinou gratuitamente com o Leyton Orient.
Em entrevista ao podcast “From My Left”, o atleta contou que utilizou o ChatGPT assim que recebeu a proposta do clube londrino. “Perguntei como negociar o contrato e o que deveria dizer”, afirmou. Entre os pontos levantados na conversa com a ferramenta estavam o custo de vida em Londres, a mudança da esposa e do filho e o valor salarial. Sem representante, Mitchell ficou com a taxa que normalmente seria destinada ao agente como bônus de assinatura.
O jogador calculou que, mesmo que um empresário conseguisse “algumas centenas de libras a mais”, a comissão cobrada anularia a diferença. “Nos acordos menores, não há muito dinheiro envolvido”, acrescentou.
Crítica ao mercado de agentes
Mitchell aproveitou para questionar o trabalho de representantes no futebol, classificando-os em três perfis: funcionários de agências que recebem salário, agentes de grandes empresas focados em jovens talentos e empresários independentes “focados apenas no dinheiro”. Para o atleta, profissionais de divisões inferiores enfrentam dificuldades para encontrar boa representação.

Imagem: espn.com
Com passagens pelas seleções de base da Inglaterra do sub-16 ao sub-20, Mitchell também integrou a pré-lista de 60 atletas da Jamaica para a Gold Cup de 2025. Nesta temporada, soma oito partidas pelo Leyton Orient, ainda sem balançar as redes.
Com informações de ESPN