Próximos jogos

Everton gasta £160 milhões em 10 anos, mas ainda procura o “nove” ideal antes de encarar o Tottenham

Invicto em seu novo estádio, o Hill Dickinson Stadium, com três vitórias e dois empates na temporada, o Everton recebe o Tottenham no próximo domingo (data conforme calendário inglês) ainda sem solução para o principal problema do elenco: o centroavante.

Desde a venda de Romelu Lukaku em 2017, o clube já contratou 17 atacantes por um investimento total próximo de £160 milhões, mas não encontrou um substituto consistente. No período, o time marcou 357 gols na Premier League, pior marca entre as equipes que permaneceram na elite em todo o intervalo. O Leicester, por exemplo, balançou as redes 388 vezes mesmo após duas temporadas na segunda divisão.

Desempenho atual

Os dois centroavantes disponíveis no elenco somam apenas um gol em 16 partidas na liga. O guineense-bissauense Beto, comprado ao Udinese há dois anos por £21,5 milhões, perdeu chances claras contra Aston Villa e Manchester City e chegou a ser elogiado pelo técnico David Moyes por sua entrada no segundo tempo contra o Crystal Palace, mas sem a eficiência esperada.

Já o francês de origem marfinense Thierno Barry, contratação de £27 milhões junto ao Villarreal, ainda não marcou. Aos 22 anos, ele faz apenas sua segunda temporada em uma grande liga europeia e segue em adaptação ao ritmo da Premier League.

Referências que não se firmaram

Desde Lukaku, o melhor índice de gols por minuto pertenceu a Oumar Niasse: oito gols, média de um a cada 163 minutos, longe do impacto do belga, que fez 68 gols em 141 jogos (um a cada 175 minutos) e virou parâmetro para qualquer atacante que vestisse azul.

Outros nomes passaram sem convencer: Cenk Tosun (£27 milhões em 2017), Moise Kean (£25 milhões em 2019) e Neal Maupay (£12 milhões em 2022) juntos somaram apenas 21 gols na Premier League pelo clube. Em operações de curto prazo, Salomón Rondón, Joshua King, Enner Valencia e Armando Broja também não resolveram.

Quase acertos

Richarlison, agora no Tottenham e adversário de domingo, chegou em 2018 por £35 milhões, marcou 43 gols em campeonatos ingleses e foi decisivo na luta contra o rebaixamento em 2021-22 atuando 66% das vezes como centroavante. Mesmo assim, acabou vendido em julho de 2022 por £60 milhões para equilibrar as contas dentro das normas de lucratividade e sustentabilidade da liga.

Everton gasta £160 milhões em 10 anos, mas ainda procura o “nove” ideal antes de encarar o Tottenham - Imagem do artigo original

Imagem: bbc.com

Dominic Calvert-Lewin, adquirido por apenas £1,5 milhão em 2016, teve período goleador sob Carlo Ancelotti e até salvou o clube do rebaixamento contra o Crystal Palace em 2022, mas as lesões minaram sua continuidade e ele deixou o time no fim do contrato.

Impacto financeiro

Com dificuldades financeiras que renderam até deduções de pontos por descumprimento das regras da Premier League, o Everton fez lucro de £85,5 milhões em vendas de 2021-22 a 2024-25. A chegada do grupo Friedkin permitiu um recorde de £97 milhões de gasto líquido na última janela, distribuídos em nove contratações – entre elas jovens como Tyler Dibling (19 anos) e Barry (22), evidência de que o clube ainda precisa apostar em desenvolvimento para gerar futuras receitas.

Numa liga onde atacantes respondem por quase metade dos £2,6 bilhões gastos na última janela, o Everton segue na base da criatividade para encontrar o artilheiro que pode recolocar o clube em competições europeias ou na briga por um troféu inédito desde 1995.

No domingo, contra um Tottenham liderado justamente por Richarlison, a busca do Everton por esse camisa 9 “dos sonhos” volta a estar em evidência.

Com informações de BBC Sport

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *