A treinadora Laura Harvey, do Seattle Reign FC, revelou que utilizou o ChatGPT durante a pré-temporada para obter sugestões táticas. A consulta à ferramenta de inteligência artificial levou a comissão técnica a testar uma formação com cinco defensoras, opção que passou a fazer parte do repertório da equipe.
Em entrevista ao “Soccerish Podcast”, divulgada na quinta-feira, a três vezes campeã da NWSL Shield e eleita três vezes técnica do ano na liga contou que nunca havia trabalhado com uma linha de cinco nem feito estudos aprofundados sobre o esquema. Mesmo assim, decidiu perguntar ao ChatGPT qual seria a formação ideal para enfrentar as equipes da NWSL.
“Perguntei: ‘Qual formação devo usar para vencer os times da NWSL?’”, relatou Harvey. “A resposta trouxe cada clube da liga e o sistema recomendado para enfrentá-lo. Para dois deles — não vou dizer quais, porque eles saberiam — a indicação foi jogar com cinco atrás. Então eu fiz isso.”
Segundo a treinadora, o estafe técnico analisou o sistema, realizou um estudo detalhado e aprovou a mudança. O primeiro teste resultou em vitória, embora Harvey não tenha revelado o adversário — afirmou apenas que não foi o Portland Thorns, mas “um dos realmente fortes”.
Dados da TruMedia apontam que o Seattle Reign adotou o 3-5-2 pela primeira vez na quarta partida da temporada, na derrota por 1 a 0 para o Orlando Pride. Três semanas depois, o time superou o líder Kansas City Current por 1 a 0 utilizando o mesmo desenho tático.
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Ao longo do ano, o Reign alternou formações, mas manteve versões do 3-5-2 ou 5-3-2 com frequência. Atualmente, a equipe ocupa a quarta posição da NWSL e já garantiu vaga nos playoffs antes da rodada final da fase regular, marcada para domingo. Na temporada passada, o clube terminou em 13º lugar entre 14 participantes.
Harvey destacou que o ChatGPT não forneceu detalhes de execução do sistema, mas serviu como ponto de partida para a análise interna. “Ele não dizia como jogar, o que fazer. Mas foi o que me levou a pesquisar”, afirmou.
Com informações de ESPN