SEATTLE (EUA), 14 NOV 2025 – Poucos dias depois de liderar o Seattle Sounders na vitória por 3 a 0 sobre o Inter Miami de Lionel Messi na final da Leagues Cup, em início de setembro, Cristian Roldan recebeu um telefonema que mudou seu rumo. O meio-campista de 30 anos foi convocado novamente para a seleção dos Estados Unidos, encerrando um hiato de dois anos.
A chamada, feita quando ele ainda estava de férias, foi a primeira sob o técnico Mauricio Pochettino. Nove meses antes da Copa do Mundo de 2026, o jogador, veterano da MLS, voltou a integrar um elenco majoritariamente formado por atletas que atuam na Europa.
De volta ao radar
Em outubro, Roldan respondeu com atuação decisiva na vitória por 2 a 1 sobre a Austrália: duas assistências e elogios públicos de Pochettino, que o classificou como “jogador perfeito”. Desde então, o titular do Seattle soma três convocações consecutivas e busca espaço definitivo na lista para o Mundial.
Trajetória em Seattle
Selecionado no SuperDraft de 2015, Roldan ganhou respeito no primeiro treino ao não recuar após entrada dura do veterano Ozzie Alonso. A personalidade firme facilitou a adaptação e, fora de campo, o calouro até cortava o cabelo dos companheiros. A estreia pela seleção veio em 2017.
O meia participou da Copa do Mundo de 2022, mas perdeu espaço depois da eliminação para o Panamá na semifinal da Gold Cup de 2023, quando desperdiçou um pênalti na disputa. Em 2024, com o meio-campo tomado por atletas europeus, ficou fora da Copa América e parecia distante da equipe nacional.
Mudança de posição e renascimento
No ano passado, o técnico Brian Schmetzer deslocou Roldan do ataque para a função de volante por necessidade. A alteração rendeu frutos: o jogo ficou “mais lento” para o atleta, que destacou a facilidade em caçar adversários, vencer segundas bolas e organizar o time.
O desempenho chamou atenção no Mundial de Clubes de 2025, no qual o Seattle enfrentou Paris Saint-Germain e Atlético de Madrid, e na própria Leagues Cup, coroada com o triunfo sobre o Inter Miami.
Imagem: espn.com
Confiança em alta
Roldan atribui a fase à confiança. “Não levo as convocações como garantidas. Entro em campo acreditando que posso causar impacto”, disse. Ele reconhece que antes faltava essa segurança quando vestia a camisa dos EUA.
Veteranos como Matt Besler, ex-Sporting Kansas City, ressaltam a importância dessa postura numa seleção repleta de nomes de clubes europeus. Para Pochettino, o meio-campista também contribui para a cultura de vestiário que o treinador tenta consolidar.
Próximos passos
Os Estados Unidos enfrentam Paraguai e Uruguai em amistosos neste mês. Com apenas mais uma Data Fifa antes da convocação final, Roldan sabe que atuações consistentes podem garantir sua presença na Copa do Mundo. “O futebol muda rápido. Estou surfando essa onda e quero levá-la até o Mundial”, afirmou.
Com informações de ESPN
