NOVA IORQUE (02.out.2025) – A Adidas revelou nesta quinta-feira a Trionda, bola que será utilizada na Copa do Mundo de 2026, marcada para o próximo verão no Canadá, México e Estados Unidos. Este é o 15º modelo consecutivo fornecido pela marca para o torneio desde 1970.
Ao todo, 23 desenhos diferentes já foram levados a campo em Mundiais, número que ajuda a traçar a evolução tecnológica do futebol desde 1930. Abaixo, um resumo de cada bola usada na competição:
De 1930 a 1958: o início
1930 – Tiento e T-Model (Uruguai): sem bola oficial, Argentina e Uruguai discutiram antes da final; cada país forneceu um modelo para um tempo de jogo.
1934 – Federale 102 (Itália): primeira a trocar cadarços de couro duro por algodão, reduzindo o impacto nas cabeçadas.
1938 – Allen Coupe du Monde Officiel (França): 13 gomos arredondados, costura manual e acabamento mais esférico.
1950 – Superball Duplo T (Brasil): estreia da válvula de borracha para inflar, eliminando cadarços externos.
1954 – Kost Sport Swiss World Champion (Suíça): 18 painéis em couro amarelo e desenho “W” entrelaçado.
1958 – Top Star (Suécia): escolhido em teste às cegas; cada seleção recebeu 30 unidades. Just Fontaine fez 13 gols com ele.
1962 a 1978: era pré-Adidas e chegada da Telstar
1962 – Custodio Zamora Mr Crack (Chile): 18 gomos e cor prateada, mas sofreu com desgaste e absorção de água.
1966 – Slazenger Challenge 4 Star (Inglaterra): 25 painéis e três opções de cor; a laranja foi usada na decisão em Wembley.
1970 – Adidas Telstar (México): primeiro modelo da Adidas. 32 gomos preto-e-branco para facilitar a visão nas TVs em preto e branco.
1974 – Adidas Telstar Durlast (Alemanha Ocidental): mesma estrutura, mas com camada de poliuretano contra encharcamento.
1978 – Adidas Tango (Argentina): 20 hexágonos com ilusão de círculos; virou ícone e base para gerações seguintes.
1982 a 1998: sintéticos e novas identidades
1982 – Adidas Tango España (Espanha): último Mundial com bola totalmente de couro; costuras emborrachadas.
1986 – Adidas Azteca (México): 100% sintética e grafismos inspirados na arte asteca.

Imagem: espn.com
1990 – Adidas Etrusco Unico (Itália): primeira com espuma interna de poliuretano; leões etruscos decoram os triângulos.
1994 – Adidas Questra (EUA): mais leve, favorecendo chutes com curva; desenho remete à corrida espacial.
1998 – Adidas Tricolore (França): primeira multicolorida (azul, branco e vermelho) e última a manter o estilo Tango.
2002 a 2014: aerodinâmica em debate
2002 – Adidas Fevernova (Japão/Coreia do Sul): rompeu com o visual clássico; criticada por ser muito leve.
2006 – Adidas Teamgeist & Teamgeist Berlin (Alemanha): apenas 14 painéis termocolados; versão dourada usada na final.
2010 – Adidas Jabulani & Jo’bulani (África do Sul): oito painéis e sulcos; goleiros reclamaram de trajetórias imprevisíveis.
2014 – Adidas Brazuca & Brazuca Rio (Brasil): seis painéis e fitas coloridas inspiradas nas fitas do Senhor do Bonfim; priorizou estabilidade.
2018 a 2026: alta tecnologia e homenagem às sedes
2018 – Adidas Telstar 18 & Telstar 18 Mechta (Rússia): voltou ao nome clássico com apenas seis painéis colados; duas bolas estouraram num jogo da fase de grupos.
2022 – Adidas Al Rihla (Catar): 20 painéis inspirados em velas de barcos dhow; superfície sem costuras aparentes.
2026 – Adidas Trionda (Canadá, EUA e México): quatro painéis com gráficos em vermelho, azul e verde que trazem a folha de bordo, estrelas e a águia asteca. Linhas em baixo-relevo prometem “estabilidade ideal em voo”, segundo a fabricante. O nome combina “Tri” (três) com “Onda” (onda), referência aos três países-sede.
Com a apresentação da Trionda, a conta chega a 23 bolas diferentes em 96 anos de Copa do Mundo, evidenciando avanços que vão dos cadarços de couro aos painéis termocolados com aerodinâmica calculada em laboratório. A estreia oficial do novo modelo ocorrerá no jogo de abertura em junho de 2026.
Com informações de ESPN