A Polícia Federal investiga a advogada Joana Prado de Oliveira por suspeita de saques fraudulentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de profissionais do futebol. Entre os denunciantes estão o treinador Oswaldo de Oliveira, que afirma ter perdido R$ 3,1 milhões, e o zagueiro Christian Chagas Tarouco, o Titi, atualmente no Goiás.
Carreira no futebol
Considerada influente no meio esportivo, Joana trabalhou por 12 anos no Botafogo, a partir de 2003, e assumiu a diretoria jurídica do clube em 2007. Antes, foi auditora do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro e, hoje, integra a Comissão de Direito Desportivo da OAB-RJ.
Alvos das apurações
Além de Oswaldo e Titi, a PF apura eventuais prejuízos sofridos por:
- Juninho – zagueiro, ex-Botafogo;
- Paolo Guerrero – ex-Corinthians, Flamengo e Internacional;
- Cueva – ex-São Paulo e Santos;
- João Rojas – equatoriano, atuou no São Paulo entre 2018 e 2021;
- Ramires – ex-Cruzeiro, Chelsea e Seleção Brasileira.
Operação Fake Agents
Em janeiro, Joana foi alvo de busca e apreensão na operação Fake Agents, que investiga uma associação criminosa responsável por saques reiterados de FGTS de atletas. O celular da advogada foi recolhido e, desde então, ela tenta reaver o aparelho na Justiça.
Defesa nega irregularidades
Procurada na quarta-feira (6), Joana pediu para se manifestar por nota enviada na quinta (7). No texto, afirma ter sido vítima de um golpe, reconhece dificuldades financeiras e nega ter agido de má-fé. A advogada diz já ter registrado notícia-crime na PF e se comprometeu a reparar eventuais falhas.

Imagem: treinador e jogadores via g1.globo.com
A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro informou que irá apurar as denúncias e “adotar as medidas cabíveis”.
Os inquéritos seguem em andamento na Superintendência da PF no Rio.
Com informações de g1