Próximos jogos

Após aposentadoria, Alex Morgan mira sucesso nos negócios e amplia investimentos no esporte feminino

DEL MAR, Califórnia – Um ano depois de anunciar simultaneamente a gravidez e o fim da carreira de 15 anos, a ex-atacante Alex Morgan, 35, concentra-se em repetir fora de campo a trajetória vencedora que lhe rendeu dois títulos de Copa do Mundo, um ouro olímpico e 123 gols pela seleção dos Estados Unidos.

Transição planejada

Morgan contou à ESPN que chorou sozinha no carro logo após tornar pública a decisão, mas garantia já ter preparado o “próximo capítulo”. “Não acordei no dia seguinte pensando ‘e agora?’”, afirmou. A jogadora vinha estruturando suas frentes de negócios havia pelo menos cinco anos.

Participação em clubes e novas ligas

Em maio, oito meses depois de pendurar as chuteiras, tornou-se investidora minoritária do San Diego Wave FC, última equipe que defendeu. O portfólio inclui ainda quota na liga de basquete feminino 3×3 Unrivaled e cerca de duas dezenas de startups reunidas na Trybe Ventures, gestora que mantém com o marido, o também ex-jogador Servando Carrasco. Entre os ativos estão o Los Angeles Golf Club, da futura TGL, e a varejista britânica Classic Football Shirts.

Togethxr atinge US$ 30 milhões

Fundada em 2019 por Morgan e pelas campeãs olímpicas Sue Bird, Simone Manuel e Chloe Kim, a produtora de conteúdo Togethxr registrou lucro no ano passado e receita de US$ 30 milhões, segundo a própria empresa. O grupo recebeu investimento da Ingeborg Investments, de Olivia Walton, que destaca a ex-jogadora: “Ela leva ao negócio a mesma curiosidade, intensidade e propósito que tinha em campo”.

Experiência como jogadora guia decisões

Agente de Morgan desde o início da carreira profissional, Dan Levy aponta a ex-atleta como exceção por “conciliar alto rendimento esportivo e construção de negócios simultaneamente”. A própria Morgan diz aplicar no ambiente corporativo competências desenvolvidas no gramado: “Aprendo todos os dias; é desafiador do jeito que era no futebol”.

Voz ativa por melhorias na NWSL

Referência na luta das jogadoras dos EUA por igualdade salarial – acordo firmado em 2022 – e participante das negociações do acordo coletivo da NWSL, Morgan segue cobrando avanços. Entre os exemplos, cita a licença remunerada para saúde mental, inédita até recentemente: “Todo mundo precisa de uma pausa em algum momento”.

Mercado em alta

O crescimento do esporte feminino alimenta a estratégia da ex-atacante. Avaliações de clubes da NWSL saltaram de US$ 2 milhões para até US$ 250 milhões na venda do Angel City FC em 2024, enquanto transferências superaram a barreira de US$ 1 milhão neste ano. Morgan adianta que um novo investimento no segmento será anunciado em breve. “Quem é esperto está entrando no esporte feminino”, resumiu.

A carreira dentro das quatro linhas ficou no passado, mas Alex Morgan agora aposta que a mesma garra que a consagrou como jogadora poderá render títulos no universo empresarial.

Com informações de ESPN

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