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Árbitra Lisa Benn leva PGMOL a tribunal trabalhista após acusar treinador de empurrão

Londres – A árbitra da Women’s Super League (WSL) Lisa Benn, de 34 anos, declarou em audiência nesta segunda-feira (sem data divulgada) que perdeu sua condição de oficial internacional da Fifa depois de reclamar de um suposto empurrão desferido por um treinador de arbitragem da Professional Game Match Officials Limited (PGMOL).

Segundo relato apresentado ao tribunal trabalhista da capital britânica, Benn afirma que Steve Child – ex-assistente de árbitro da Premier League e atualmente coach da PGMOL – “agarrou seu braço e a empurrou com força” durante um torneio de capacitação para uso do árbitro de vídeo (VAR) organizado pela entidade em março de 2023.

A árbitra contou que o cronograma do evento estava atrasado por causa de uma lesão grave em campo. Em meio à pressão para reiniciar a partida, Child teria insistido para que Benn retomasse o jogo rapidamente, momento em que, segundo ela, ocorreu o contato físico. Minutos depois, ao notar que o duelo sub-19 ficara tenso, o treinador orientou o quarto árbitro a pedir que Benn “matasse o jogo”. A inglesa reagiu: “Não me diga como arbitrar”, acrescentando um palavrão dirigido a Child.

De acordo com Benn, Child ainda voltou a segurá-la pelo braço ao término da partida e avisou: “Seu nome está marcado”. “Ele estava tão irritado que seus olhos pareciam saltar da cabeça”, descreveu.

A árbitra afirmou que, após formalizar a queixa, deixou de receber a mesma pontuação de recomendação da PGMOL e acabou excluída da lista de árbitras internacionais da Fifa. Ela disse ter sido assegurada pelo diretor de arbitragem da entidade, Howard Webb, e por Bibi Steinhaus-Webb – então responsável pelo setor feminino – de que não haveria retaliações.

A PGMOL conduziu uma investigação interna, mas concluiu que o comportamento de Child não alcançou o patamar necessário para sanções disciplinares.

Árbitra Lisa Benn leva PGMOL a tribunal trabalhista após acusar treinador de empurrão - Imagem do artigo original

Imagem: bbc.com

Em sua defesa no tribunal, o advogado da PGMOL, Jesse Crozier, argumentou que Child teria apenas “colocado o braço atrás” da árbitra para conduzi-la ao gramado, tese refutada por Benn. Questionada se já presenciara atitudes semelhantes do treinador com outros juízes, ela respondeu: “Com árbitras, sim; com árbitros homens, não”.

Crozier ponderou ainda que, caso houvesse puxões e empurrões em um torneio repleto de pessoas, alguém teria testemunhado a cena. Benn discordou. O processo segue em andamento.

Com informações de BBC Sport

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