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Árbitra Lisa Benn processa PGMOL após alegar agressão de treinador e perda de posto internacional

Londres (Reino Unido) – A árbitra inglesa Lisa Benn, de 34 anos, levou a entidade Professional Game Match Officials Limited (PGMOL) a um tribunal trabalhista nesta segunda-feira (10) após afirmar que perdeu sua vaga na lista de árbitros internacionais da Fifa por ter denunciado um treinador de arbitragem.

De acordo com o depoimento apresentado em Londres, Benn relatou que Steve Child – ex-assistente da Premier League e atualmente treinador da PGMOL – “a empurrou com força” durante um torneio de treinamento de árbitros assistentes de vídeo (VAR) realizado em março de 2023. O evento, organizado pela própria PGMOL, não envolvia partidas femininas.

Incidente em campo

Benn contou que, após um atraso provocado por lesão grave em uma das partidas, Child exigiu que a árbitra reiniciasse o jogo rapidamente. Nesse momento, ele teria segurado seu braço e a empurrado para dentro do gramado. “Ele jamais faria isso com um árbitro homem”, disse Benn aos juízes.

Ainda segundo a árbitra, a partida subsequente ficou tensa e Child solicitou ao quarto árbitro que ordenasse a Benn “acabar com o jogo”. A inglesa respondeu: “Não me diga como apitar”, acompanhando a frase de um palavrão direcionado ao treinador.

No fim do duelo, Child teria agarrado novamente o braço da árbitra e avisado: “Seu cartão está marcado”. Benn descreveu o treinador como “visivelmente irritado, com os olhos saltando para fora”.

Consequências profissionais

Após registrar a queixa, Benn disse que passou a receber avaliações inferiores da PGMOL, o que culminou em sua exclusão da lista de árbitros internacionais da Fifa. A árbitra afirmou ter sido assegurada pelo diretor de arbitragem da entidade, Howard Webb, e por Bibi Steinhaus-Webb, então responsável pelo setor feminino, de que não sofreria represálias.

Árbitra Lisa Benn processa PGMOL após alegar agressão de treinador e perda de posto internacional - Imagem do artigo original

Imagem: bbc.com

A PGMOL investigou o caso, mas concluiu que o comportamento de Child “não alcançou o limiar para ação disciplinar”. No tribunal, o advogado da organização, Jesse Crozier, argumentou que o treinador apenas teria “colocado o braço atrás dela para conduzi-la ao campo”. Benn refutou a versão e acrescentou que já testemunhou atitudes semelhantes de Child com outras árbitras, mas não com árbitros homens.

O julgamento prossegue sem data prevista para decisão.

Com informações de BBC Sport

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