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Superioridade pelo flanco esquerdo define vitória do City sobre o United no clássico de Manchester

O Manchester City derrotou o Manchester United por 3 a 0 no Etihad Stadium, no domingo (data do confronto), consolidando o domínio tático da equipe de Pep Guardiola e ampliando a pressão sobre o técnico Ruben Amorim, que soma oito vitórias em 31 partidas da Premier League.

Como o City construiu a vitória

No primeiro tempo, Guardiola direcionou o jogo quase todo para o lado esquerdo. O lateral Nico O’Reilly mantinha posição aberta na linha lateral para atrair o ala Noussair Mazraoui, enquanto Jeremy Doku se deslocava para o centro. Com O’Reilly “prendendo” Mazraoui, formava-se uma superioridade numérica no meio: Rodri, Phil Foden, Doku e Tijjani Reijnders contra apenas dois meio-campistas do United.

A sobrecarga obrigou o zagueiro direito Leny Yoro a sair de sua linha para pressionar Doku. Esse movimento, porém, nem sempre era acompanhado pelos demais defensores, deixando espaços que o City aproveitava para progredir.

Pressão desorganizada do United

Bruno Fernandes admitiu após a partida que o United “precisava ser mais corajoso” na pressão. Segundo o capitão, a ideia era que um dos zagueiros acompanhasse Foden enquanto ele tentava fechar Rodri. Falhas de comunicação entre Fernandes e Yoro permitiram que Foden recebesse a bola sem marcação e conduzisse o time ao ataque, situação repetida em vários momentos do jogo.

Uso do “pinning” e primeiro gol

O City recorreu ao conceito de “pinning” — posicionar um atacante para manter um defensor preso à marcação — para neutralizar a estratégia de defesa em bloco de cinco do United. Enquanto O’Reilly mantinha Mazraoui fixo, Reijnders encostava em Luke Shaw pelo lado oposto, impedindo que o zagueiro saísse da linha. Livre, Doku recebeu sem pressão, avançou e assistiu o primeiro gol da tarde.

Falhas recorrentes na área

Nos três gols, late runners do City chegaram livres na área. O United já havia sofrido lances semelhantes contra o Fulham, quando Emile Smith Rowe marcou aproveitando infiltração não acompanhada por Bruno Fernandes. O problema se repetiu no Etihad, culminando no gol de Foden.

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Imagem: bbc.com

Debate entre sistema e elenco

A derrota reacendeu a discussão sobre se as dificuldades do United derivam das peças disponíveis ou da filosofia de Amorim. O treinador português manteve a ideia de jogo e afirmou: “Quando eu quiser mudar minha filosofia, eu mudo. Caso contrário, trocam o homem”. Com o elenco fechado até a janela de janeiro, a equipe pode precisar ajustar funções para evitar novas sobrecargas adversárias.

Guardiola, por sua vez, voltou a demonstrar flexibilidade, inclusive sugerindo saídas mais diretas ao acionar o recém-contratado goleiro Gianluigi Donnarumma, algo pouco comum em seus times.

Com informações de BBC Sport

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