São Paulo, 11 de agosto de 2025 – Em artigo publicado nesta segunda-feira (11), a jornalista Alicia Klein comparou a relação de torcedores com clubes e ídolos de futebol ao vínculo de filhos com um “pai ausente”.
Na coluna, Klein afirma que, assim como crianças que veem o pai apenas esporadicamente, muitos torcedores recebem pouca atenção em troca de dedicação financeira e emocional aos times. Segundo a autora, jogadores e dirigentes “ganham milhões, são venerados” e, ainda assim, reagem negativamente a críticas como vaias ou faixas nos estádios.
O texto sustenta que a torcida, mesmo arcando com gastos de ingressos, viagens e produtos oficiais, é cobrada a demonstrar apoio incondicional. De acordo com a colunista, quando os fãs questionam a entrega do time ou a gestão dos clubes, correm o risco de sofrer represálias, inclusive ameaças de agressão.
Klein também observa que torcedores comuns têm acesso limitado aos atletas fora dos jogos e das redes sociais, o que, em sua avaliação, dificulta reivindicações e participação em decisões internas das agremiações. A jornalista menciona casos recentes de invasão a vestiários, foguetes arremessados em centros de treinamento e episódios envolvendo dirigentes, mas ressalta que não defende atos violentos.
Para a colunista, a relação descrita obriga torcedores a “baixar a cabeça” e agradecer pela atenção mínima, situação que ela equipara à de filhos que esperam pelo próximo encontro com um pai que aparece a cada quinze dias.
Imagem: uol.com.br
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Com informações de UOL