O presidente da FIFA, Gianni Infantino, recebeu nesta terça-feira (23) em Nova York o presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez, para discutir a ampliação da Copa do Mundo de 2030 de 48 para 64 seleções.
Além de Domínguez, participaram do encontro os presidentes das federações de futebol de Argentina e Uruguai, o presidente do Paraguai, Santiago Peña, o presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, e o secretário-geral da FIFA, Mattias Grafström. A reunião ocorreu nos escritórios da entidade no edifício Trump Tower.
A proposta havia sido apresentada pela primeira vez em março por um delegado uruguaio durante reunião on-line do Conselho da FIFA. Foi a primeira ocasião em que os líderes sul-americanos detalharam o plano pessoalmente a Infantino.
“Acreditamos em uma Copa 2030 histórica”, escreveu Domínguez em rede social após o encontro, conclamando à unidade em torno do centenário do torneio.
Formato previsto
A Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, Canadá e México, já terá 48 equipes — número superior às 32 que disputaram o torneio entre 1998 e 2022. Se aprovado o novo projeto, o Mundial de 2030 passaria para 128 partidas, o dobro das 64 realizadas até 2022.
Com 64 seleções, todos os 10 países-membros da CONMEBOL estariam praticamente garantidos na fase final; a Venezuela é o único deles que jamais se classificou para uma Copa.
Sede tripla e centenário
O torneio de 2030 já tem formato inédito, com seis nações-anfitriãs em três continentes: Uruguai, Paraguai, Argentina, Espanha, Portugal e Marrocos. O Uruguai, sede da edição inaugural em 1930, receberá uma partida comemorativa.
Imagem: espn.com
Domínguez reiterou o desejo de que a fase de grupos seja disputada em Uruguai, Argentina e Paraguai, ressaltando a importância simbólica do centenário.
Reações
Críticos da expansão apontam possível queda de qualidade técnica e desvalorização das Eliminatórias. No início do ano, o presidente da UEFA, Aleksander Čeferin, classificou o projeto de 64 seleções como “má ideia”.
Apesar das reservas, o presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), Claudio “Chiqui” Tapia, celebrou a reunião: “Somos uma família e fizemos nossa parte para que esse sonho se torne realidade”, afirmou em publicação nas redes sociais.
A FIFA ainda não definiu prazo para decidir sobre a proposta.
Com informações de ESPN