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Dono do Birmingham defende proteção máxima aos clubes de elite da Premier League

Londres, 2025 – O proprietário do Birmingham City, Tom Wagner, afirmou que as equipes de elite da Premier League precisam ser “protegidas a todo custo”, no momento em que avançam as discussões sobre a redistribuição de receitas da liga para os demais níveis do futebol inglês.

As negociações acontecem enquanto o governo britânico cria um regulador independente para o esporte. A lei que institui esse órgão foi aprovada em julho e prevê poderes para impor um acordo caso não haja consenso.

Segundo Wagner, retirar recursos em excesso dos clubes mais ricos pode prejudicar a competitividade internacional e diminuir o interesse, especialmente do mercado norte-americano. “Se os principais times deixarem de ser dominantes, a atenção do público — em particular dos Estados Unidos — vai diminuir, afetando o fluxo de capital no futebol”, declarou durante o evento The Summit, parte do Leaders Week London 2025.

Investimento e expansão em Birmingham

Desde julho de 2023, o Birmingham City recebe forte aporte financeiro dos Estados Unidos. Na última temporada, o clube gastou £25 milhões na League One, valor superior ao somado pelos demais concorrentes, e conquistou 111 pontos, recorde que garantiu o acesso à Championship.

Entre os planos de crescimento, Wagner mencionou o projeto Sport Quarter, que inclui um estádio multipropósito para 62 mil pessoas. O empresário acredita que a nova arena transformará Birmingham em destino relevante para torcedores, rompendo a concentração de visitantes em Londres e Manchester.

Partidas no exterior e rivalidade local

O investidor americano também se mostrou favorável à realização de jogos oficiais fora da Inglaterra. Ele lembrou que o Birmingham cogitou enfrentar o Wrexham, outro clube com capital dos EUA, em território norte-americano na temporada passada e avaliou que a audiência das partidas da Championship nos Estados Unidos ainda é subexplorada.

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Imagem: bbc.com

Questionado sobre a rivalidade regional, Wagner afirmou não torcer contra Aston Villa ou Wolverhampton, pois acredita que o sucesso de todos os times da região eleva o nível do futebol local. Ele comparou o cenário desejado em Birmingham ao de Manchester e Londres, que abrigam vários clubes de destaque.

Wagner acrescentou que não pretende adotar um modelo de multi-club ownership. Antes de comprar o Birmingham, cogitou adquirir participação minoritária em um time de Londres, mas desistiu por considerar o preço acima do valor real.

Atualmente, 11 dos 20 times da Premier League têm donos norte-americanos. Caso dois terços se unam, podem aprovar mudanças expressivas no campeonato, entre elas a polêmica 39ª rodada no exterior.

Com informações de BBC Sport

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