O ministro Gilmar Mendes foi o único integrante do Supremo Tribunal Federal (STF) a votar, até o momento, pela soltura do ex-atacante Robinho, condenado na Itália por estupro coletivo e preso desde março de 2024 na Penitenciária II de Tremembé (SP).
O julgamento ocorre em plenário virtual nesta sexta-feira (22.ago.2025) e analisa recurso da defesa que pede a suspensão da pena de nove anos aplicada pela Justiça italiana em 2013. Até agora, o placar é de 2 a 1 pela manutenção da prisão: Luiz Fux e Alexandre de Moraes rejeitaram o pedido, enquanto Gilmar Mendes manifestou voto favorável ao ex-jogador.
Ao fundamentar sua posição, Mendes argumentou que a sentença estrangeira não poderia ser executada de forma retroativa no Brasil, citando o artigo 100 da Lei de Migração. A análise do recurso seguirá aberta até 29 de agosto.
Histórico no STF
No fim de 2024, o tribunal já havia negado liberdade a Robinho por 9 votos a 2. Insatisfeita, a defesa protocolou novo recurso, cuja discussão teve início em março de 2025 e foi retomada nesta semana.
Trajeto do caso
Robinho foi condenado definitivamente a nove anos de prisão pela Justiça italiana em 2022. Como o Brasil não extradita cidadãos natos, a Itália requisitou que a pena fosse cumprida em território brasileiro — solicitação aceita pela Justiça nacional, que mandou prender o ex-atacante em março do ano passado.

Imagem: uol.com.br
O jogador sempre negou ter cometido violência sexual, embora tenha admitido, em 2014, ter mantido relações com a vítima. Em 2020, ele chegou a acertar retorno ao Santos, mas o acordo foi cancelado após protestos de torcedores e repercussão negativa.
A sessão virtual do STF prossegue até o fim do mês, quando ficará definido se o ex-atacante continuará preso ou aguardará o trâmite de seu processo em liberdade.
Com informações de UOL