Istambul (Turquia) – Aos 29 anos, o zagueiro brasileiro Helitão, de 1,96 m, tornou-se peça-chave do Göztepe e passou a ser cobiçado por clubes dentro e fora do Brasil, entre eles o Corinthians e o Al Fateh, da Arábia Saudita.
Trajetória passo a passo
Nascido em Mauá (SP), Héliton dos Santos Júnior, o Helitão, iniciou a carreira no Santo André. Depois, defendeu Figueirense e ABC antes de seguir para o futebol europeu, onde atuou por Covilhã (Portugal) e CSKA 1948 (Bulgária). Chegou ao Göztepe no início de 2024.
O defensor reconhece que permaneceu mais tempo que o ideal nas divisões inferiores do Brasil, o que, segundo ele, atrasou sua evolução tática. A mudança para a Europa, afirma, ampliou seu repertório técnico e de posicionamento.
Homenagem ao pai
Helitão conta que realizou o sonho que pertencia não apenas a ele, mas principalmente ao pai, falecido em 2017, que não chegou a vê-lo atuar como profissional nas arquibancadas. “Essa é a dor que carrego”, diz o atleta.
Adaptação e liderança na Turquia
No Göztepe, o brasileiro atua como zagueiro central em um esquema com três defensores e recebeu o apelido de “King” da torcida. A atmosfera no Estádio Gürsel Aksel, em Esmir, é descrita por ele como “fanática”.
Para facilitar a comunicação, o camisa 5 utiliza o inglês e aprendeu palavras em turco. O entrosamento é reforçado pela presença de seis compatriotas: Rômulo, Juan, Emersonn, Allan Godói, Djalma Silva, Janderson e Ruan Teixeira.
Imagem: Mehmet Emin Menguarslan via terra.com.br
Interesse do mercado
As boas atuações durante a campanha de acesso à primeira divisão turca e a oitava colocação na última Superliga despertaram sondagens. Helitão viu seu nome ser pedido por torcedores do Corinthians nas redes sociais. Paralelamente, o Al Fateh fez consulta oficial, enquanto o Göztepe tenta estender o vínculo que vai até julho de 2026.
“O clube saudita me procurou e o Göztepe quer renovar. Não sei o que vai acontecer; preciso avaliar o que for melhor para mim e minha família”, declarou.
Seja na Turquia, no Brasil ou em outro país, o defensor afirma que pretende continuar decisivo: “Onde eu estiver, preciso ser importante, não apenas mais um”.
Com informações de Terra