ROMA, 7 de outubro de 2025 – A partida entre Itália e Israel, válida pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, deve reunir mais manifestantes pró-Palestina do que torcedores dentro do Estádio Friuli, em Udine, na próxima terça-feira.
Segundo o técnico Gennaro Gattuso, a expectativa é de cerca de 10 mil pessoas protestando do lado de fora contra aproximadamente 5 a 6 mil espectadores nas arquibancadas. Até a última segunda-feira, apenas 4 mil ingressos haviam sido vendidos.
Pressão e segurança
Na semana passada, manifestantes chegaram aos portões do centro de treinamentos de Coverciano, em Florença, pedindo o cancelamento do jogo em razão da guerra na Faixa de Gaza. O ato integrou uma greve nacional que levou milhões às ruas em diversas cidades italianas.
Mesmo com discussões na UEFA sobre uma possível suspensão de Israel e com o prefeito de Udine, Alberto Felice De Toni, defendendo o adiamento, a federação italiana não cogita abrir mão da partida. “Precisamos jogar. Se não entrarmos em campo, perdemos por 3 a 0”, afirmou Gattuso, citando o regulamento para jogos não disputados.
Situação no grupo
Itália e Israel somam os mesmos seis pontos, ambos atrás da líder Noruega. Apenas o primeiro colocado avança diretamente para o Mundial da América do Norte em 2026; o segundo segue para a repescagem – fase na qual a seleção italiana foi eliminada por Suécia (2018) e Macedônia do Norte (2022).
Clima tenso recente
No último confronto entre as equipes, realizado em campo neutro na Hungria, a Itália venceu por 5 a 4 e houve desentendimentos após o apito final. Gattuso lamentou o contexto atual: “Dói ver o que acontece com inocentes e crianças”.
Imagem: espn.com
A data desta terça marca dois anos do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, episódio que desencadeou a atual guerra. O jogo em Udine repetirá o duelo realizado na mesma cidade em outubro passado pela Liga das Nações, quando a Itália ganhou por 4 a 1 sob forte esquema de segurança.
Antes de ir a Udine, Israel encara a Noruega, em Oslo, no sábado. A federação norueguesa prometeu destinar a receita de ingressos à ONG Médicos Sem Fronteiras para ações humanitárias em Gaza.
Com informações de ESPN