Relatos recorrentes sobre as principais equipes europeias em 2025-26 estão sendo avaliados à luz dos resultados recentes. Veja o que dizem os fatos sobre quatro narrativas que dominam as discussões nesta temporada.
Liverpool sente impacto de mudanças radicais no elenco
Após conquistar a Premier League ainda em abril passado, o Liverpool iniciou 2025-26 com três derrotas consecutivas fora de casa — Crystal Palace, Galatasaray e Chelsea — e atuações pouco convincentes mesmo nos seis triunfos obtidos na sequência. O cenário expõe a reformulação feita na última janela: saíram Trent Alexander-Arnold, Luis Díaz e Darwin Núñez, entre outros; chegaram os laterais Milos Kerkez e Jeremie Frimpong, os atacantes Hugo Ekitike e Alexander Isak (contratação recorde, fechada no último dia da janela) e o meia Florian Wirtz. A entrada simultânea de cinco potenciais titulares, algo incomum para um campeão, tornou o processo de entrosamento mais demorado sob o comando de Arne Slot.
Pressão para Ruben Amorim abandonar o 3-4-2-1 no Manchester United
Com 50 jogos à frente do United, Ruben Amorim coleciona o pior rendimento entre os técnicos pós-Alex Ferguson. Parte da crítica aponta o esquema 3-4-2-1 como principal problema, sugerindo uma mudança imediata. No entanto, o português foi contratado justamente por ter implementado essa configuração com sucesso no Sporting CP, e o clube investiu pesado em reforços pensados para esse sistema. Alterar a estrutura tática sem trocar o treinador significaria renegar o projeto original que levou Amorim a Old Trafford.
Linha defensiva alta do Barcelona segue sob questionamento
O Barcelona ergueu a dobradinha nacional na temporada passada e ficou muito perto da final da Champions League jogando com defesa adiantada sob Hansi Flick. A proposta exige pressão constante dos atacantes e zagueiros capazes de correr para trás em espaços amplos. Nas recentes derrotas para Sevilla e Paris Saint-Germain, a coordenação ofensiva falhou e expôs um setor que tem o jovem Pau Cubarsí, de 18 anos, como principal nome. Os demais zagueiros — Ronald Araújo, Eric García e Andreas Christensen — não atravessam grande fase, tornando a execução do plano mais arriscada do que a ideia em si.
Arsenal amplia elenco para brigar por títulos, mas precisa gerir rotações
Vice-campeão inglês e semifinalista da Champions League em 2024-25, o Arsenal reforçou todas as linhas após sofrer com a lesão de Gabriel Jesus e a sobrecarga de Kai Havertz no primeiro semestre deste ano. Chegaram Kepa Arrizabalaga, Viktor Gyökeres, Eberechi Eze, Noni Madueke, Christian Norgaard e Piero Hincapié. O elenco mais robusto oferece alternativas para Mikel Arteta, mas o técnico terá de equilibrar a rotação para preservar a química que marcou o time em campanhas anteriores.

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As quatro situações mostram que, por trás de cada narrativa, há fatores de elenco, estratégia e tempo de adaptação que explicam êxitos ou tropeços neste início de temporada.
Com informações de ESPN