O Flamengo fechou um acordo de patrocínio com a casa de apostas Betano no valor de R$ 250 milhões por temporada, montante que o coloca entre os dez maiores contratos do gênero no futebol europeu. O valor supera em mais de duas vezes o vínculo anterior, de R$ 115 milhões anuais com a Pixbet, até então o maior do país.
Entre os principais concorrentes do Rubro-Negro, Palmeiras e Corinthians também estampam marcas de apostas esportivas na camisa, mas recebem cerca de R$ 100 milhões por ano, sem considerar metas e bônus. A diferença reforça a disparidade econômica que cresce a cada temporada. Hoje o Flamengo já ultrapassa R$ 1 bilhão em receitas anuais e projeta novos aumentos.
Com a perspectiva de um rival cada vez mais distante em poder financeiro, outros clubes buscam alternativas para equilibrar forças. A principal saída ventilada é a transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Fluminense dá primeiro passo rumo à SAF
Na noite anterior, o Conselho Diretor do Fluminense aprovou a proposta do BTG Pactual para iniciar o processo de mudança de modelo jurídico. A decisão ainda precisa ser submetida à Assembleia Geral de sócios. O projeto conta com o apoio do presidente Mário Bittencourt e atrai o interesse pessoal de André Esteves, controlador do banco e torcedor declarado do clube.
Apesar da opção fluminense, fica a dúvida sobre a real necessidade de se tornar SAF. O Atlético-MG seguiu esse caminho, mas hoje apresenta dívida estimada em R$ 2 bilhões, valor que aumentou após a compra de ações pelos empresários Rubens e Rafael Menin.

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Em contrapartida, Flamengo e Palmeiras, maiores arrecadações do país, seguem no modelo associativo. Ambos passaram por reformas internas graduais, sustentadas por crescimento orgânico de receitas e controle de gastos, sem recorrer à venda do futebol a novos proprietários.
A discussão sobre SAFs ganha força à medida que contratos como o recém-assinado pelo Flamengo elevam o sarrafo financeiro do futebol brasileiro.
Com informações de UOL