Pneus de Augusto Melo são cortados e ex-presidente deixa Parque São Jorge antes do fim da votação

Augusto Melo deixou o Parque São Jorge de carona e pelos fundos na noite de ontem (10), depois de ter os quatro pneus de seu veículo rasgados enquanto acompanhava a assembleia que confirmou seu impeachment da presidência do Corinthians.

Incidente com o carro

O ex-mandatário chegou ao Ginásio Wlamir Marques para acompanhar a votação dos sócios, acompanhado do sobrinho e conselheiro Kadu Melo. Sem conversar com a imprensa, permaneceu isolado até receber a informação de que seu carro havia sido danificado. Por volta das 19h, antes mesmo de a apuração ser encerrada, ele deixou o clube em automóvel de aliados, usando o portão dos fundos para evitar contato com torcedores concentrados do lado de fora.

Resultado da votação

A assembleia contou com a presença de mais de dois mil sócios. Do total, 1.413 votaram pela destituição e 620 optaram pelo retorno da diretoria afastada; houve ainda dois votos em branco e dois nulos. A maioria simples era suficiente para confirmar o impeachment, iniciado em 2024.

Defesa vai contestar

Em nota, os advogados de Augusto Melo anunciaram que irão contestar o resultado, alegando “absurdos” no processo, entre eles a condução da votação por pessoas contrárias ao ex-presidente e a presença de integrantes de torcidas organizadas no local.

Próximos passos no clube

Com a destituição, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., deverá convocar eleição indireta para definir quem comandará o Corinthians até dezembro de 2026. Até lá, Osmar Stabile permanece como presidente em exercício.

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Imagem: uol.com.br

Processo criminal em andamento

Paralelamente, Augusto Melo é réu em ação que investiga suposto desvio de R$ 1,4 milhão do contrato de patrocínio com a Vai de Bet. A juíza Márcia Mayumi Okoda Oshiro, da 2ª Vara de Crimes Tributários de São Paulo, aceitou denúncia do Ministério Público por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro. O MP requer indenização mínima de R$ 40 milhões ao clube.

Os crimes teriam ocorrido entre dezembro de 2023 e maio de 2024, usando a empresa Rede Social Media Design como intermediária fictícia para receber 7% do valor do patrocínio. O processo tramita sob sigilo por envolver dados bancários e fiscais.

Com informações de UOL

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