A temporada 2025/26 das duas principais ligas nacionais da Europa começa nesta sexta-feira (15). Na Inglaterra, o campeão Liverpool inaugura a Premier League diante do Bournemouth, às 16h (de Brasília), em Anfield. Já na Espanha, a nova edição de LaLiga estreia no mesmo dia, mas com um panorama financeiro bem diferente.
Inglaterra segue como motor financeiro
Os 20 clubes da Premier League já ultrapassaram R$ 14 bilhões em contratações na janela de verão, valor superior ao desembolsado pelo restante das principais competições europeias somadas.
Liverpool lidera o investimento: cerca de R$ 2 bilhões para contratar o meia Florian Wirtz e o atacante Hugo Ekitiké, ambos vindos do futebol alemão. O zagueiro marfinense Marc Ghéhi (Crystal Palace) e o italiano Giovanni Leoni (Parma) também estão próximos. Entre as saídas, deixam o elenco Luis Díaz, Darwin Núñez e Trent Alexander-Arnold.
O Chelsea, atual campeão mundial, incluiu na lista de reforços os brasileiros Estêvão e João Pedro, além do retorno de Andrey Santos. O ponta inglês Jamie Bynoe-Gittens custou R$ 411 milhões, enquanto Liam Delap e o equatoriano Kendry Páez completam as novidades.
Depois da pior campanha de sua história, o Manchester United desembolsou R$ 1,4 bilhão por três atacantes: o brasileiro Matheus Cunha (Wolverhampton), o camaronês Bryan Mbeumo (Brentford) e o esloveno Benjamin Sesko (RB Leipzig).
No Manchester City, o pacote de reforços soma mais de R$ 1 bilhão — Reijnders (Milan), Ait-Nouri (Wolverhampton) e Cherki (Lyon) são os principais nomes. O clube perdeu Yan Couto, Kevin De Bruyne, Kyle Walker e aguarda a possível chegada de Gianluigi Donnarumma para substituir Ederson, negociado com o Galatasaray.
O Arsenal tenta encerrar a sequência de vice-campeonatos com a contratação do sueco Viktor Gyökeres, autor de 52 gols na temporada passada pelo Sporting. A aquisição mais cara foi o meio-campista Martin Zubimendi, por € 70 milhões (R$ 442 milhões).
Mercado modesto domina a Espanha
Exceto pelo Atlético de Madrid, os clubes espanhóis adotaram contenção de gastos. No total, os 17 times fora do trio de ferro (Real Madrid, Barcelona e Atlético) investiram juntos R$ 465 milhões, metade do desembolso do recém-promovido Sunderland na Inglaterra.

Imagem: uol.com.br
Campeão nacional, o Barcelona limitou-se a R$ 160 milhões em contratações: o goleiro Joan García (Espanyol) e o atacante Marcus Rashford, emprestado pelo Manchester United — ainda sem registro definitivo por causa do teto salarial.
O Real Madrid inicia a era Xabi Alonso com mais de R$ 700 milhões investidos no zagueiro Dean Huijsen (Bournemouth), no lateral Alexander-Arnold (Liverpool) e no meia argentino Franco Mastantuono (River Plate). Lucas Vázquez e Luka Modric deixaram o clube, enquanto Rodrygo pode ser negociado.
O Atlético de Madrid foi a exceção: gastou R$ 940,5 milhões em nove reforços, com destaque para Thiago Almada (ex-Botafogo), Giacomo Raspadori (Atalanta, R$ 121 milhões) e Álex Baena (Villarreal, R$ 231 milhões). Saíram veteranos como Ángel Correa e Saúl Ñíguez.
Entre as transferências de médio porte, o Villarreal pagou R$ 100 milhões por Alberto Moleiro (Las Palmas). O Betis adquiriu o zagueiro brasileiro Natan e o atacante Rodrigo Riquelme. O Athletic Bilbao surpreendeu ao renovar com Nico Williams até 2035.
Mais da metade dos novos atletas da liga ainda não foi registrada devido aos limites salariais vigentes. A janela europeia termina em 1º de setembro.
Com informações de UOL