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Pressão aumenta no Celtic após janela de transferências esvaziada e protestos da torcida

Glasgow (Escócia) – O Celtic encerrou a janela de verão sob forte contestação de torcida e comissão técnica. O clube escocês, atual campeão da Premiership, viu o prazo final passar com apenas uma contratação – o ponta tunisiano Sebastian Tounekti, de 23 anos – enquanto perdeu o atacante Adam Idah para o Swansea City, contrariando declaração recente do técnico Brendan Rodgers de que o irlandês só sairia se houvesse reposição.

Elenco enfraquecido no setor ofensivo

Sem um substituto para Kyogo Furuhashi, negociado em janeiro, o Celtic já precisava de um centroavante. Agora, com a saída de Idah, a carência dobrou. O clube aposta na chegada futura do nigeriano Kelechi Iheanacho, livre no mercado após rescisão com o Sevilla, mas o acerto ainda não aconteceu.

A diretoria tentou o dinamarquês Kasper Dolberg por 8 milhões de libras, mas o atacante preferiu voltar ao Ajax; negociou com David Datro Fofana, que optou pelo Charlton Athletic (o acordo acabou fracassando), e sondou Sekou Mara, do Strasbourg, sem sucesso.

Números da janela

No total, 12 jogadores foram contratados desde junho, mas somente cinco têm chance imediata de figurar na equipe principal, caso Iheanacho seja confirmado. Entre os nomes com perspectiva de titularidade estão o lateral Kieran Tierney, Tounekti, Benjamin Nygren e Michel-Ange Balikwisha. Do outro lado, 11 atletas do elenco principal e 12 jovens das categorias de base deixaram o clube.

Dúvidas táticas e desequilíbrio no elenco

Tounekti atua majoritariamente pelo lado esquerdo—70 partidas contra apenas oito pela direita—mesma faixa ocupada por Balikwisha e Daizen Maeda, deslocado do ataque para a ponta. A concentração de opções nessa ala e a carência do lado oposto reforçam a crítica de que o plantel saiu mais fraco do que entrou na janela.

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Imagem: bbc.com

Clima de tensão dentro e fora do clube

A eliminação precoce na Liga dos Campeões para o Kairat Almaty, combinada com desempenho discreto no clássico de domingo contra o Rangers, intensificou o descontentamento. Nas redes sociais e em fóruns de torcedores, dirigentes foram acusados de “autossabotagem” e “falta de ambição”. Há quem defenda que Rodgers, cujo contrato vai até junho de 2025, deixe o cargo caso o cenário não mude.

Enquanto isso, o treinador afirma que pretende cumprir o vínculo e enfrentar os desafios da Liga Europa e das competições domésticas com o grupo atual. A próxima etapa da temporada, no entanto, ocorrerá sob a pressão de recuperar a confiança da arquibancada e provar que o planejamento de contratações não comprometeu a competitividade da equipe.

Com informações de BBC Sport

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