A Uefa adota desde 2009 um protocolo em três etapas para lidar com atos de racismo nos estádios, dando ao árbitro o poder de interromper ou até abandonar a partida caso a discriminação persista.
Etapa 1 – Interrupção inicial
Ao detectar um episódio racista, o árbitro para o jogo e pede um anúncio no sistema de som, solicitando que o público cesse imediatamente o comportamento discriminatório.
Etapa 2 – Nova paralisação
Se a conduta continuar, o árbitro suspende a partida por cinco a dez minutos, retira as equipes de campo e determina novo comunicado ao público.
Etapa 3 – Abandono
Persistindo o ato racista após o reinício, o árbitro pode encerrar o jogo definitivamente. A decisão só é tomada após avaliação da segurança de jogadores e torcedores. O caso segue então para a comissão disciplinar da Uefa.
Casos recentes
Em outubro de 2019, Inglaterra e Bulgária, em Sófia, tiveram o duelo interrompido duas vezes após ofensas a Tyrone Mings e Raheem Sterling. A federação búlgara foi punida com dois jogos sem público e multa de 75 mil euros (cerca de 65 mil libras).
Imagem: bbc.com
Episódios envolvendo seleções de base da Inglaterra também ganharam destaque. Em 2007, torcedores sérvios ofenderam Nedum Onuoha no Europeu sub-21, o que resultou em multa de 16 mil euros à federação da Sérvia. Já em 2012, durante um jogo classificatório em Krusevac, Danny Rose foi expulso após chutar a bola em reação a cânticos racistas e ao arremesso de pedras; o protocolo estava em vigor, mas não foi acionado.
O procedimento faz parte dos esforços da Uefa para combater o racismo e poderá ser aplicado em todas as partidas das Eliminatórias e da Copa do Mundo de 2026 sob sua jurisdição.
Com informações de BBC Sport