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Torcida do West Ham protesta e exige saída de David Sullivan e Karren Brady

Milhares de torcedores do West Ham se reuniram neste sábado nos arredores do London Stadium para protestar contra a gestão do clube e pedir a renúncia do presidente David Sullivan e da vice-presidente Karren Brady. A manifestação ocorreu horas antes da partida contra o Crystal Palace, válida pela Premier League.

O time comandado por Graham Potter ocupa a 18ª colocação do campeonato, com apenas três pontos em quatro jogos, e já foi eliminado da Copa da Liga Inglesa. Diante desse cenário, duas mobilizações distintas tomaram as ruas próximas ao estádio, com faixas que pediam “renúncia imediata” da atual cúpula e criticavam a condução do clube desde 2010.

Organização das manifestações

O maior ato foi liderado pelo grupo Hammers United, que classificou o protesto como “o início de uma campanha sustentada”. A entidade afirmou que a mobilização será vigorosa, mas sempre dentro da lei, e alertou para o “declínio grave” que, segundo eles, ameaça o futuro do clube.

Um segundo desfile, coordenado pelo coletivo Crossed Hammers, partiu da estação de trem de Stratford e seguiu até a entrada destinada aos diretores no London Stadium. Os dois atos foram programados para terminar 45 minutos antes do pontapé inicial.

Plano de boicote e histórico de insatisfação

Os torcedores planejam novo protesto em 20 de outubro, quando o West Ham receberá o Brentford. A ideia é esvaziar as arquibancadas em um jogo que será transmitido ao vivo pela Sky Sports.

Duas semanas atrás, o Conselho Consultivo de Torcedores, que representa mais de 25 mil fãs, aprovou um voto de desconfiança na diretoria. Entre as razões apontadas estão a falta de reforços após o título da Conference League de 2023, a experiência nos dias de jogo e os resultados em campo.

Resposta do clube e desempenho em campo

Em comunicado divulgado na quinta-feira, o West Ham afirmou que continua “ouvindo o torcedor”, investindo no departamento de futebol e buscando melhorar a experiência no estádio. O texto reconheceu que o rendimento das últimas duas temporadas “não atendeu às expectativas”.

Torcida do West Ham protesta e exige saída de David Sullivan e Karren Brady - Imagem do artigo original

Imagem: bbc.com

No comando desde janeiro, Graham Potter somou 23 pontos em 22 partidas da Premier League, mesma marca que Julen Lopetegui alcançou antes de ser demitido após 20 jogos. O técnico afirmou que respeita o direito de protesto, mas pediu foco no jogo: “Todos aqui amam o clube e estão sofrendo”, disse.

Esta é a 14ª temporada consecutiva do West Ham na elite. Até aqui, os únicos pontos em 2025-26 vieram da vitória por 3 a 0 sobre o Nottingham Forest. O time também sofreu derrotas pesadas para Sunderland, Chelsea e Tottenham, além de cair na Copa da Liga diante do Wolverhampton, que não venceu nenhum jogo na liga.

Chegada da atual diretoria

David Sullivan e o já falecido David Gold assumiram o controle do West Ham há 15 anos, em um acordo que avaliou o clube em 105 milhões de libras. Karren Brady foi nomeada vice-presidente na mesma operação. Desde então, a insatisfação de parte da torcida tem crescido, culminando nos protestos deste fim de semana.

Com informações de BBC Sport

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