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Vice-presidente da FIFA diz que mudança de sedes da Copa de 2026 não cabe a Trump

O vice-presidente da FIFA, Victor Montagliani, afirmou nesta quarta-feira, 1º de outubro de 2025, que apenas a entidade máxima do futebol tem autoridade para decidir onde serão disputadas as partidas da Copa do Mundo de 2026, rebatendo declarações recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na semana passada, Trump declarou que poderia considerar “inseguras” algumas das cidades escolhidas e, por conta disso, alterar o plano aprovado pela FIFA em 2022. O torneio terá 104 jogos, começará em 11 de junho do ano que vem e utilizará estádios da NFL nas regiões de Nova York, Los Angeles e San Francisco, entre outros locais.

“O torneio é da FIFA, está sob nossa jurisdição; nós tomamos essas decisões”, disse Montagliani durante uma conferência de negócios esportivos em Londres. “Com todo respeito aos líderes atuais, o futebol é maior do que eles, maior do que qualquer governo e sobreviverá a qualquer mandato.”

Cidades contratadas e prazos apertados

O Mundial contará com 11 sedes nos Estados Unidos, além de três no México e duas no Canadá. Esses locais assinaram contratos com a FIFA e uma mudança a oito meses do início da competição traria grandes desafios logísticos e jurídicos.

Durante a mesma entrevista, o dirigente canadense — que preside a Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) — lembrou que eventos como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos dependem de governos para questões de segurança, vistos e policiamento. Ainda assim, ressaltou que a palavra final sobre as sedes continua sendo da FIFA.

Relação com Infantino e questão israelense

Trump mantém relação próxima com o presidente da FIFA, Gianni Infantino, frequentador da Casa Branca, mas o suíço não comentou publicamente as declarações sobre possíveis mudanças de cidades.

Montagliani também abordou o debate sobre a participação de Israel em competições internacionais. Segundo ele, qualquer suspensão cabe à UEFA, confederação à qual o país é filiado, e não será discutida na reunião do Conselho da FIFA marcada para esta quinta-feira em Zurique. O colegiado tem 37 membros, oito deles europeus.

Sexta-feira passada, o Departamento de Estado dos EUA informou que trabalhará contra tentativas de excluir a seleção israelense do Mundial. No mesmo dia, oito especialistas da ONU, incluindo a relatora especial para a Palestina, Francesca Albanese, defenderam a suspensão da equipe de Israel em razão do conflito nos territórios ocupados.

O Mundial de 2026 está previsto para terminar em 19 de julho e será a primeira edição com 48 seleções.

Com informações de ESPN

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