Próximos jogos

WSL: Arsenal oscila, defesa do Tottenham surpreende e City aproveita calendário livre

A Women’s Super League (WSL) voltou após a pausa para as seleções e, com seis rodadas disputadas pela maioria dos clubes, alguns cenários já chamam atenção.

Arsenal corre risco de cair ainda mais

Campeão europeu na temporada passada, o Arsenal ocupa apenas o quinto lugar na liga (3 vitórias, 2 empates, 1 derrota) e está cinco pontos atrás do líder Chelsea. A equipe já desperdiçou sete pontos, um a mais do que o Chelsea perdeu em toda a campanha passada.

Beth Mead aparece como principal assistente, com três passes para gol, enquanto Mariona Caldentey lidera tanto em ações que geram finalizações (31) quanto em chances criadas (17). Mesmo com média de 1,57 gol+assistência por 90 minutos, Stina Blackstenius atuou somente 170 minutos. A produção ofensiva, que chegou a render sequências de quatro ou mais gols em oito partidas seguidas em casa no último campeonato, perdeu intensidade.

Alessia Russo, responsável pela referência ofensiva, soma 16 finalizações (oitava da liga), mas só cinco no alvo, fora do top-10 nesse quesito. A falta de precisão custou pontos importantes.

Sem a zagueira Leah Williamson, o sistema defensivo também perdeu consistência. O Arsenal registra a segunda menor quantidade de desarmes (88) – um a mais que o Liverpool, que disputou uma partida a menos – o menor aproveitamento nesses lances (38,9%) e o menor número de afastamentos (63).

A situação pode piorar com a possível ausência da atacante canadense Olivia Smith, contratada por 1 milhão de libras e lesionada na Data Fifa, além do corte da goleira Daphne van Domselaar da seleção holandesa. Nas próximas semanas, o time visita o Leicester e encara seguidos clássicos contra Chelsea e Tottenham. A diferença para o recém-promovido London City, sexto colocado, é de apenas dois pontos.

Manchester City ganha fôlego sem Champions

Único tropeço do Manchester City ocorreu na estreia, justamente diante do Chelsea, no primeiro jogo do técnico Andrée Jeglertz. Sem a fase preliminar da UEFA Women’s Champions League este ano, o elenco tem foco total no torneio doméstico e já soma cinco vitórias em seis jogos, um ponto atrás do líder.

O City apresenta o maior índice de gols esperados (xG) da liga, 15,58, e é o ataque mais eficiente, com 17 gols marcados. O clássico de Manchester se aproxima, enquanto o United divide as atenções com confrontos decisivos contra Paris Saint-Germain e Wolfsburg pela Champions. O cenário indica nova briga direta pelo título.

Tottenham evolui com defesa consistente

Com Martin Ho à beira do campo, o Tottenham já soma quatro vitórias – uma a menos que todo o campeonato anterior. Depois de sofrer 44 gols e terminar em 11.º lugar na época passada, o time agora tomou apenas sete, apesar de permitir 94 finalizações adversárias.

WSL: Arsenal oscila, defesa do Tottenham surpreende e City aproveita calendário livre - Imagem do artigo original

Imagem: espn.com

A zagueira Clare Hunt lidera o torneio em bloqueios (16) e afastamentos (41). A goleira Lize Kop mantém três jogos sem sofrer gols, mesma marca de Phallon Tullis-Joyce e Hannah Hampton, e precisou fazer só 11 defesas, reflexo de uma linha defensiva mais bem organizada.

Lesão de Agyemang complica ataque do Brighton

O rompimento do ligamento cruzado anterior de Michelle Agyemang é duro golpe para o Brighton, que balançou as redes somente seis vezes em seis partidas. A equipe exibe posse de bola controlada, mas majoritariamente em seu próprio campo.

A goleira Chiamaka Nnadozie sustenta 85,7% de defesas e já realizou 24 intervenções em 32 chutes no alvo, sendo a terceira mais exigida da liga. Sem Agyemang, aumenta a pressão por criatividade no terço final; Kiko Seike é uma das poucas opções que demonstraram regularidade.

West Ham e Liverpool ainda sem pontos

Rehanne Skinner completou oito derrotas consecutivas no comando do West Ham, depois de ter sido demitida do Tottenham em sequência semelhante de nove reveses. O time marcou apenas dois gols, sofreu 17, apresenta saldo negativo de 15 e média de 2,8 gols sofridos por jogo, mesmo sendo o que mais desarma (143) na competição.

No Liverpool, contratado na última janela, Gareth Taylor também perdeu todas as cinco partidas. As lesões no ligamento cruzado de Marie Hobinger e Sophie Román Haug diminuíram drasticamente o poder de fogo. O clube detém o segundo pior xG (3,35) e encara Tottenham, Brighton e Chelsea nas próximas rodadas.

Enquanto Taylor tende a ganhar tempo para ajustar a equipe, Skinner pode ver seu cargo ameaçado caso não reaja contra Manchester City, Leicester ou Everton antes da próxima Data Fifa.

Com informações de ESPN

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *