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A vida moderna do torcedor inclui também escolhas financeiras

Desde sempre os torcedores aficionados investiram parte de seus ganhos financeiros ao esporte, seja como um membro do clube, comprando objetos e itens colecionáveis ou comprando ingressos para assistir aos jogos.

Para quem gosta de esporte, o prazer de ver seu time ou jogador favorito disputar – e ganhar – é inexplicável. O comportamento dos torcedores, especialmente aqueles que são fanáticos (e são muitos) é um assunto muito discutido e até tema de estudos sociais. Se formos pensar a respeito, quando somos movidos apenas pela paixão, não existe racional. E quando a emoção toma conta, ninguém precisa de motivo para apoiar o time que ama.

Esse envolvimento afetivo é tão forte que muitas vezes impacta diretamente no orçamento familiar. Há famílias que organizam suas finanças de modo a garantir a ida ao estádio, a compra de produtos licenciados e até viagens para acompanhar o time em jogos fora de casa. Esse fenômeno mostra como o futebol ultrapassa o campo do entretenimento e se mistura ao planejamento de vida dos torcedores.

Tornar-se sócio-torcedor já é uma prática bem antiga, mas hoje várias decisões financeiras acompanham o torcedor, como apoiar o clube diretamente, ajudando até a pagar dívidas, investir em fan tokens e NFTs de futebol, por aí vai. A seguir, vamos explorar um pouco das escolhas financeiras que podem acompanhar a vida de um torcedor.

A forma como você assiste a uma partida é uma escolha financeira

Os programas de sócio-torcedor continuam crescendo, o que oferece algumas regalias a quem oferece essa fonte importante de receita recorrente para o clube, como, por exemplo, os ingressos para assistir às partidas nos estádios. A fidelização ao clube via programa pago cria uma relação mais estável e torna-se um gasto, ou investimento, recorrente.

Por outro lado, uma pesquisa feita com alguns torcedores, compartilhada pela InfoMoney, mostrou que 19% deles prefere acompanhar as partidas pela TV por assinatura. Esse já é outro tipo de investimento financeiro recorrente entre os amantes de esportes.

Nos últimos anos, os serviços de streaming também entraram nesse cenário. Plataformas digitais passaram a transmitir campeonatos nacionais e internacionais, oferecendo pacotes personalizados. Assim, o torcedor moderno muitas vezes compara preços, qualidade de transmissão e variedade de torneios antes de decidir onde investir seu dinheiro.

Investimentos que têm conexão com o futebol

Além de acompanhar os jogos, muitos torcedores, e até jogadores famosos, hoje investem em criptomoedas ligadas ao universo esportivo. A rede Ethereum (ETH) é base de diversos fan tokens e NFTs de futebol, ativos que fazem parte do radar financeiro de muitos.

Exemplos reais:

  • Fan tokens de clubes brasileiros como Flamengo ($MENGO), Corinthians ($SCCP), Atlético-MG ($GALO), Palmeiras ($VERDAO) e Santos ($SANTOS) já estão disponíveis via plataformas como a Binance. Os torcedores podem votar em enquetes do clube, acessar brindes e ganhar experiências VIPs, com o valor dos tokens oscilando como ativos de mercado, assim como oscila o ethereum valor e de outras criptos.
  • NFTs esportivos – Cards do Futebol, oferecem cartas digitais únicas de jogadores do Brasileirão.
  • Clubes como Flamengo, Palmeiras e Vasco já lançaram NFTs com tecnologia de IA e criaram mecanismos de staking de fan tokens, conectando ainda mais o torcedor ao universo digital.

O interesse por esses ativos cresceu tanto que alguns clubes europeus de grande porte, como PSG e Barcelona, também aderiram à tendência, lançando seus próprios tokens para aumentar a interação com a torcida global. Esse movimento mostra que a interseção entre finanças digitais e futebol não é passageira, mas uma transformação estrutural no modo como os clubes se relacionam com seus fãs.

Para o torcedor, investir em fan tokens ou NFTs pode significar não apenas retorno financeiro, mas também proximidade emocional com o time. A chance de participar de votações, decidir músicas do estádio ou escolher o design de uma camisa fortalece o vínculo e cria uma sensação de pertencimento única.

Ajudar o time é mais que torcer

Para muitos fãs, acompanhar as finanças e decisões de contratação, membros, compras, diretoria e vários outros temas que envolvem manter um clube de futebol, é muito relevante. Muitos querem entender como os clubes estão se mantendo, no que as decisões dos diretores são baseadas e até fazer parte desse universo que antes não era tão transparente.

A gestão bem-feita de um clube virou sinônimo de confiança dos torcedores, que agora avaliam balanços e estratégias com a mesma atenção de antes quando olhavam só os jogadores.

Com a maior transparência, surgiram também iniciativas de governança que permitem que sócios-torcedores opinem sobre decisões estratégicas. Esse modelo, adotado por alguns clubes europeus e já discutido em terras brasileiras, reforça o papel do torcedor como agente ativo, e não apenas como espectador.

Esse movimento mostra que o futebol está deixando de ser só entretenimento, mas também um espaço de participação econômica e cultural, no qual torcedores não são apenas espectadores, mas investidores que querem o melhor para seus times. Um torcedor que se engaja entende que ajudar o clube fortalece sua gestão!

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