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Nova fase no Aston Villa: saída de Monchi não abala prestígio de Unai Emery

O Aston Villa viveu dias agitados. Dentro de campo, a equipe ainda não venceu na Premier League e soma apenas três pontos e um gol após cinco rodadas. Fora dele, o presidente de operações de futebol, Monchi, deixou o cargo e foi substituído por Roberto Olabe, ex-diretor esportivo da Real Sociedad.

Troca no comando esportivo

Monchi, que havia chegado no ano passado e conduziu o clube de volta à Liga dos Campeões, pediu afastamento alegando necessidade de descanso e novos desafios. A diretoria anunciou Olabe na segunda-feira, mesma data em que os funcionários foram informados da mudança.

Unai Emery teve participação direta na escolha do novo dirigente, reforçando sua influência em Villa Park. Basco como o treinador, Olabe trabalhou com Emery no Almería em 2006 e tem reputação de planejar projetos de médio e longo prazo.

Prestígio do técnico intacto

A saída de Monchi não está ligada ao futuro de Emery. O treinador mantém controle sobre decisões esportivas e conta com respaldo dos coproprietários, sobretudo de Nassef Sawiris, cada vez mais presente desde a saída do ex-CEO Christian Purslow há dois anos.

Mesmo assim, o rendimento no campeonato preocupa. Após o empate de domingo por 1 a 1 com o Sunderland, Emery chamou o time de “preguiçoso” e deixou o gramado antes do apito final. O zagueiro Ezri Konsa concordou com a avaliação, mas negou crise, apesar da equipe ocupar a zona de rebaixamento.

Histórico de arranques lentos

Em outras passagens, Emery já enfrentou começos de temporada semelhantes: foram seis jogos sem vitória pelo Villarreal em 2021-22 e apenas cinco triunfos nos 18 primeiros compromissos do Sevilla em 2015-16, ano em que ergueu a Liga Europa. O reencontro com a competição acontece nesta quinta-feira, diante do Bologna, no Villa Park.

Mercado de transferências em debate

Desde o retorno à Premier League em 2019, o Villa gastou mais de £700 milhões em contratações e arrecadou pouco mais de £400 milhões em vendas — quase metade graças aos £100 milhões pagos pelo Manchester City por Jack Grealish em 2021 e aos £71 milhões investidos pelo Al-Nassr em Jhon Duran neste ano.

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Imagem: bbc.com

O clube foi multado pela Uefa por descumprir regras financeiras e critica publicamente o regulamento de Lucros e Sustentabilidade. Ainda assim, quebrou o próprio recorde de transferência em negócios como Ollie Watkins, Emi Buendia, Moussa Diaby e os £50 milhões pagos ao Everton por Amadou Onana.

Das contratações feitas sob a gestão de Monchi e Emery, destacam-se Morgan Rogers — hoje convocado pela seleção inglesa —, Pau Torres e Youri Tielemans. Já Onana, Diaby e Donyell Malen renderam abaixo do esperado, enquanto Marcus Rashford não correspondeu durante o empréstimo.

Olabe mira formação de talentos

Com orçamento limitado, Olabe deve apostar em desenvolvimento interno. Na Real Sociedad, contratou e negociou Alexander Isak, trouxe Martin Ødegaard por empréstimo e lapidou Martin Zubimendi antes da venda de £60 milhões ao Arsenal. A expectativa é repetir a estratégia em Birmingham.

Apesar do início irregular, o Villa confia na nova estrutura fora de campo e no histórico de superação de Emery para recolocar o time no rumo dos resultados.

Com informações de BBC Sport

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